As rodovias de Mato Grosso registraram 130 mortes por acidentes de trânsito no primeiro semestre deste ano. Segundo um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve um aumento de 16% se comparado com o mesmo período do ano passado.
Segundo o estudo, uma das vias mais movimentadas é a BR-163 já que o fluxo de veículos é formado por caminhões e carretas. Nos últimos cinco anos, 350 pessoas morreram na BR-163 e é a estrada que registrou o maior número de acidentes, conforme a PRF. Confira os dados de acidentes com vítimas nas rodovias:
BR-163 – 350 mortes
BR-364 – 338 mortes
BR-070 – 230 mortes
BR-174 – 63 mortes
BR-158 – 54 mortes
Um dos acidentes graves na BR-163 foi em maio desse ano, no município de vera, a 486 km de Cuiabá. Um ônibus que transportava 45 passageiros bateu de frente com uma carreta e oito pessoas morreram.
No dia 12 deste mês, entre os municípios de Matupá (MT) e Guarantã do Norte (MT), um caminhão tanque e outro veículo que transportava grãos colidiram e a rodovia precisou ser interditada. Com o impacto os veículos pegaram fogo e duas pessoas morreram.
O superintendente da PRF, Francisco Élcio, explicou que as maiores vítimas são caminhoneiros. “Os caminhoneiros, em razão do escoamento de soja, são as maiores vítimas. Parte dos produtos que saem de Mato Grosso ou que chegam no estado acabam passando pela BR-163 e a infraestrutura não está adequada. Muitas vezes, esses caminhões já estão em mal estado de conservação por causa das rodovias. Então são trechos longos que os veículos percorrem sem as devidas condições”, disse.
A engenheira de transportes Marina Baltar disse que a duplicação de toda a extensão da BR-163 pode melhorar as condições de viagens e ajudar a reduzir os acidentes. Além da infraestrutura, ela destaca outras medidas que são necessárias para a prevenção dos acidentes.
“A gente precisa trabalhar com fiscalização, então buscar reduzir velocidade nos pontos críticos, fiscalizar quanto ao uso de bebida alcoólica e entorpecentes. Além da educação porque as ocorrências de trânsito tem a ver com a imprudência do motorista”, disse.
Fonte: Folha Max