Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram a adolescente de 13 anos, que foi roubada, estuprada e agredida pelo ex-presidiário Jonathan Alves dos Santos, 32 anos, momentos antes do ataque, registrado na última segunda-feira (27 de junho), no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Nas imagens, a menor aparece voltando para pegar o celular na academia minutos antes de ser abordada pelo suspeito. Em outra gravação, o suspeito aparenta estar alucinado, sob efeito de drogas.
Os vídeos foram divulgados pelo programa ‘SBT Comunidade’, que também conversou com o pai da vítima e testemunhas que ajudaram a salvar menor. A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva, durante audiência de custodia realizada nesta quinta-feira (30). Em sua decisão, o juiz Jamilson Haddad Campos afirmou que ordem pública poderá ser abalada se o autuado permanecer em liberdade. O suspeito foi encaminhado para a Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, onde aguardará a conclusão do inquérito.
Em um dos vídeos, gravado às 20h47, o suspeito passa pelas câmeras aparentemente sob efeito de droga. No minuto seguinte a adolescente passa no mesmo local, seguindo para sua residência. Em um outro ângulo, é possível ver a garota parando na esquina e voltando para buscar o celular. Depois que ela sai da academia pela segunda vez, não é mais vista nas imagens.
A Polícia Civil acredita que nesse intervalo, a adolescente foi arrastada para o matagal e estuprada. Jonathan Alves revelou em depoimento que agiu sozinho. Ele praticou sexo oral na vítima e em seguida introduziu dois dedos nas genitálias da menina. Quando ela gritou, o suspeito desferiu duas pedradas na cabeça e fugiu pulando muros. Moradores da região ouviram os gritos e acionaram a Polícia Militar.
Marinilva Oliveira foi uma das vizinhas que ajudaram a socorrer a vítima e descreveu a situação ao conceder entrevista ao SBT Comunidade. “A menina estava nua, só com o tênis. Ela estava de bruços e só gemia de dor. Uma cena horrível. Se a população não tivesse visto ela teria morrido”, lamentou.
O pai da vítima disse que a adolescente segue internada com traumas e descarta sequelas neurológicas decorrente das agressões. Após recuperada a menina será ouvida pela equipe psicossocial da Deddica. “Ela tá muito em choque, não consegue falar com ninguém. Ela tá com dificuldade de reconhecer eu, que sou pai dela. Ele é um monstro. Merece pena de morte. Espero que ele permanece preso”, desabafou.
O delgado Clayton Queiroz Moura, da Delegacia da Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), informou que as investigações continuam pelos próximos 30 dias. “A gente aguarda a liberação médica para que ela seja trazida à delegacia. Ela também precisa passar por exame de corpo delito. Ele confessou que agiu sozinho. E disse que vendeu o celular da vítima por R$ 180 para comprar mais drogas. A Polícia tá em buscas de outros elementos e temos 30 dias para concluir o inquérito”, revelou o delegado.
Jonathan Alves possui antecedentes criminais por roubo, furto e tráfico de drogas no estado de Santa Catarina. Ele foi preso em Cuiabá no ano passado por tráfico e saiu recentemente do Centro de Ressocialização da Capital (CRC), o Presídio do Carumbé. Na casa em que ele morava com uma travesti, foi apreendida a camisa que usava no momento do ataque.
Fonte: Folha Max
