A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou liberdade a 16 membros do Comando Vermelho presos na “Operação Apocalipse”. Na mesma decisão, ela marcou para julho audiência para interrogatório de testemunhas.
A quadrilha é acusada de tráfico de drogas na cidade de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá) e foi presa no ano passado na ação policial. Eles recebiam e vendiam a droga no atacado na região.
São réus na ação Angélica Saraiva de Sá, Matheus Dominike da Silva Queiroz “Bradesco”, Nivaldo Dos Santos Ferreira, “Chadres”, Anderson Luiz Cavalcante Fernandes, “Bomba”, Adeilson Florêncio Cardoso, “Negão Cabuloso”, Valteir De Jesus Silva, “Silva”, Daniel Marques Lobato, “Dani”, Diane Figueiredo Da Silva, “Alerquina”, Edivaldo Nunes, “Zói de Gato” Icaro Leão de Almeida, “Sinner”, Vinícius Eugênio Andrade Miranda, “Pitbull”, Luciano Ferreira Costa, “Cawboy”, Anderson Aparecido Bergamin, “Pocan”, Fernando dos Santos Alves, “Fernando Ni”, Marcilei Silva Campos ou “Marçona”, Wesley Freire Gelbari e Alexandre Gonçalves dos Santos.
Eles estão detidos na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, Presidio Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), Cadeia Pública de Juína, Cadeia Pública de Nortelândia, Mata Grande e Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa ( Mata Grande).
De acordo com a decisão publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE), do dia 16 de junho, a audiência ocorrerá de forma virtual, em dois dias. “Desta feita, designo audiência de instrução e julgamento para os dias 20 e 21 de julho de 2022, às 09h30min, ocasião em que serão inquiridas as testemunhas comuns, testemunhas de defesa e interrogados os acusados”, é a determinação da juíza.
Operação
A investigação da Polícia Civil apontou que 3 mulheres lideravam o tráfico praticado pelo grupo. A elas cabia a função distribuição da droga no varejo, cobrança dos pagamentos dos lojistas, aplicação do dinheiro recebido e também fiscalizar os castigos impostos.
Na primeira fase da operação foram apreendidos em uma residência de Juína mais de sete quilos de entorpecentes, entre maconha, cocaína e pasta base. Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços da cidade para coletar informações para a investigação.
Já a segunda fase cumpriu 30 ordens judiciais entre prisões e buscas, contra integrantes da facção criminosa que agiam como lojistas. Dos 13 mandados de prisão preventiva, oito deles foram cumpridos contra pessoas que já estavam presas por outros crimes.
Os cumprimentos dos mandados nas duas fases, realizadas em novembro e dezembro do ano passado, contaram com apoio de equipes das delegacias de Juína, Juara, Juruena, Aripuanã, Cotriguaçu, Porto dos Gaúchos e Tabaporã, Alta Floresta, Gerência de Operações Especiais (GOE), regional de Tangará da Serra e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).