A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), realiza nos dias 28 e 29 de junho, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, o Fórum de Educação Escolar Indígena. O objetivo é dialogar e deliberar sobre as Políticas Públicas para a Educação Indígena que atenda as especificidades das etnias que frequentam as 71 escolas de educação indígena em Mato Grosso.
Promovido por meio da Superintendência de Diversidades, ligada à Secretaria Adjunta de Gestão Educação (Sage), o fórum terá painéis de debates sobre diversos temas.
Entre as apresentações estarão os recursos humanos das escolas estaduais Indígenas, o papel das Diretorias Regionais de Educação (DREs) na gestão administrativa e pedagógica das escolas indígenas, infraestrutura específica e diferenciada, territórios etnoeducacionais pactuados e modelos de atendimento.
O evento vai contar com a participação de, aproximadamente, 160 pessoas. “Vamos receber setenta diretores de escolas, vinte e seis conselheiros indígenas, além de outros atores ligados ao tema em diversos municípios”, disse Lúcia Santos, superintendente de Diversidade da Seduc.
A Seduc também espera a participação de representantes do Conselho Estadual de Educação Indígena (CEEI) e das 15 Diretorias Regionais de Educação (DREs), além de instituições parceiras.
Segundo o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, a realização do fórum é a prova de que a Seduc respeita a autonomia dos povos indígenas sobre a questão. “Educação se faz com diálogo e com a educação indígena não é diferente. Buscamos o diálogo entre todos os lados”, compara.
Ele observa que a educação indígena é complexa do ponto de vista pedagógico, gerencial e de infraestrutura, exigindo proatividade e tomadas de decisões coletivas em todas as questões. “Em toda a rede temos mil e onze professores envolvidos e mais de doze mil alunos matriculados entre o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos”.
Através da Educação Escolar Indígena, estes povos têm acesso a um conjunto de conhecimentos, no entanto, sem perder as características tradicionais de sua organização social, crenças e hábitos, bem como memórias e histórias constituídas no decorrer do tempo. “Oferecemos aos estudantes todas as condições para estarem em contato com as tradições buscando sua valorização, promoção e preservação, sem perder de vista a Base Nacional Comum Curricular”, definiu Alan Porto.
Sob supervisão de Rui Matos.