Luiz Fernando Januário de Campos, 33 anos, que confessou ter matado a mãe asfixiada no dia 13 de maio, disse que cometeu o ato após ter sido advertido pela idosa, Eracy Campos, 71 anos, sobre o horário de dormir. A servidora só foi encontrada morta 13 dias depois da data do homicídio.
O acusado contou detalhes do momento em que assassinou a própria mãe. A idosa foi encontrada morta dentro de sua residência, no Residencial Bandeirantes, em Várzea Grande.
Em uma entrevista concedida ao ‘Programa do Pop’, o assassino contou detalhes do crime. “No dia eu tinha usado bastante droga, e quando cheguei, ela já percebeu pelo meu comportamento que eu estava drogado. Ela olhou pra mim e falou, ‘Fernando vai deitar, vai tomar um banho, você tem que trabalhar amanhã cedo’. Nessa hora que ela falou, deu um branco, que de repente do nada, eu já fui em cima dela, deitei ela na cama e…”, relatou o criminoso.
Fernando disse ainda que depois que empurrou a idosa contra a cama e a asfixiou, usando um travesseiro. “Quando ela parou de tremer, a perna dela caiu para fora da cama. Eu a arrumei na cama em posição vertical. Nesse momento eu percebi que tinha feito besteira”, disse Luiz Fernando.
O assassino contou ainda que revirou o apartamento a procura de dinheiro para comprar mais droga e, quando encontrou, saiu. Ao retornar ao apartamento, já sem o efeito da droga, disse que ficou abalado ao perceber que tinha matado a mãe. “Eu fiz carinho e pedi perdão a minha mãe adotiva, que me criou com tanto carinho. Eu tinha de tudo com ela, ela me dava tudo que eu queria”, contou.
Luiz Fernando disse que o remorso fez com que ele convivesse com o cadáver da mãe pelos 13 dias que passaram. Para não chamar a atenção dos vizinhos pelo mau cheiro, ele disse que passava “Bom Ar” pela casa. “Eu não sabia o que fazer. Eu sempre olhava para o corpo dela e chorava pedindo perdão”, afirmou o rapaz, que garante que a morte da mãe não foi planejada.
Luiz chegou a se entregar às autoridades e confessou o crime, mas como estava fora do flagrante e não teve prisão preventiva decretada, acabou liberado. O delegado representou pela prisão preventiva do suspeito ao Poder Judiciário, mas até a data da publicação desta matéria o pedido ainda não foi concedido.