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Funcionária dos Correios assediada por gerente precisa tomar antidepressivo

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Uma mulher de 50 anos, funcionária do Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios (CDD), localizado em Várzea Grande, registrou boletim de ocorrência contra o gerente da unidade. O fato teria ocorrido no início do mês de abril e veio à tona durante essa semana, após o gerente ter sido afastado da empresa.

A denúncia pelo crime de assédio sexual foi registrada junto à Delegacia da Mulher de Várzea Grande, contra o suspeito A. A. F. A. que ocupava o cargo de gerente do Centro de Distribuição Domiciliar, no bairro Centro Sul, em Várzea Grande.

Consta no boletim que por diversas vezes, o homem ocupante de cargo superior, invadiu a sala de descanso e tirou a roupa ficando somente de cueca, na frente da funcionária. Segundo a mulher, ele dizia para ela cobrir os olhos para não “cobiçar” ele. Ainda segundo a carteira, por duas vezes o acusado invadiu o banheiro feminino e surpreendeu a vítima para “mexer” com ela.

Conforme relatado pela trabalhadora, que é casada e tem uma filha, ela ficava constrangida e com vergonha de contar sobre a situação até para o marido. Ela é única mulher lotada na unidade e relatou não ter denunciado antes por vergonha e medo de perder o emprego. 

Um mês após o registro da denúncia, a empresa afastou o gerente de suas funções e o colocou à disposição das demais unidades dos Correios.

A vítima conta que depois de ter registrado o assédio sexual na Polícia Civil, passou a ter problemas de saúde porque a empresa não tomou providência e ela era obrigada a conviver com o assediador diariamente, que continuava continuava no cargo de chefia.

Ela conseguiu um atestado médico para 15 dias de licença, mas precisou retornar ao trabalho na última quinta-feira (19).  “No início, minha denúncia não foi considerada. Tive que continuar trabalhando com ele, cruzando com ele dentro da unidade e isso foi me deixando constrangida, com medo. Comecei a ter problemas de saúde. Graças a Deus consegui atestado médico de 15 dias. Hoje tomo remédio antidepressivo e contra ansiedade”, conta a trabalhadora.

Segundo ela, a saída do gerente só ocorreu após pressão feira pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) aos superiores do acusado.

Após a situação ter vindo à tona, começam a surgir outros casos de assédio sexual contra o gerente, agora afastado de tal função. Um deles veio de outra servidora dos Correios que trabalhava no CDD/centro. Ela relatou ter passado pelas mesmas situações de assédio com o mesmo funcionário na mesma unidade, mas que teve medo e vergonha de denunciar. Atualmente ela trabalha no Centro de Distribuição do Cristo Rei.

O acusado perdeu a função no CDD centro e foi colocado à disposição para a uindade do Cristo Rei. “Não sei se essa transferência vai resultar em alguma punição mais séria que a situação requer, além da perda da função. Não sabemos se o assediador vai responder a algum Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) ou se o afastamento não é apenas para passar o pano. A empresa não informa nada”, relatou um funcionário da Unidade.

Fonte: Folha Max

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