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Dono de posto tinha “telefone do corre” para comandar tráfico em MT

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Thiago Gomes de Souza, o Baleia, utilizava um celular registrado em nome de uma terceira pessoa, para se comunicar com integrantes da organização criminosa a qual liderava e com fornecedores da droga que revendia. É o que aponta a decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que o FOLHAMAX teve acesso, e que resultou na deflagração da Operação Jumbo, na última segunda-feira (16).

Na ocasião, oito pessoas foram presas, entre elas o líder do grupo, Thiago Gomes de Souza, conhecido como Baleia. Eles pertenciam a integrantes da organização criminosa que utilizava postos de combustíveis para lavar dinheiro oriundo dos lucros do tráfico de drogas. Segundo a decisão, Baleia utilizava um número de telefone registrado em nome de Wellington Santos Vieira, e que esse seria o “telefone do corre”, usado para práticas criminosas.

“A despeito do cadastro da propriedade da linha telefônica, os elementos indicavam que o terminal registrado em nome de Wellington apresentava antenas muito semelhantes ao terminal registrado em nome de Tiago Baleia, indicando posicionamento compatível com os endereços residencial e profissional do investigado. Consta, ainda, que em 06.05.2021, ambos os terminais estiveram na cidade de Acorizal e compartilharam antenas muito próximas, o que indicariam que ambos os terminais estariam na posse da mesma pessoa. Diante disso, a considerar a possibilidade de que o investigado estivesse utilizando de terminal telefônico registrado em nome de terceiro, afirmam os Policiais e Promotores de Justiça que Tiago Baleia se utilizaria do terminal para tratar acerca dos assuntos relacionado à atividade criminosa, identificado como ‘telefone do corre’”, diz a decisão.

A organização criminosa liderada por Thiago Gomes de Souza, o Baleia, era composta por dois núcleos distintos. Um deles era formado por empresários, os quais seriam responsáveis pelo financiamento da compra da droga e, posteriormente, pela lavagem dos capitais, sendo eles pessoas de expressivo alcance patrimonial. O outro grupo seria composto pelos indivíduos responsáveis pela aquisição, transporte e acondicionamento da droga, sendo a cocaína a principal mercadoria. Baleia tem também, segundo a decisão, uma extensa ficha criminal, com passagens por tráfico de drogas e outros crimes.

“Dispõem os representantes que há registros do envolvimento de Thiago com a venda de entorpecentes desde o ano de 2005, quando, então, teria sido flagrado na posse de drogas e de arma de fogo e munições, sendo que, a partir de então, passou a ser recorrente a indicação de seu nome com a traficância”, aponta a decisão.

Além do empresário Thiago Gomes de Souza, conhecido como Baleia, a Polícia Federal prendeu outras sete pessoas durante a deflagração da Operação Jumbo, na última segunda-feira. Foram presos Johnny Luiz Santos, Marcio de Oliveira Marques, Mirian de Luna Cavalcanti, Tcharles Rodrigo Ferreira de Moraes, Josivaldo de Lima Gomes Filho, Tiago Teixeira da Silva e Kézia Moraes Cardeal.

A Operação Jumbo foi deflagrada na última segunda-feira (18), pela Polícia Federal. Oito pessoas foram presas e se cumpriram ainda 29 mandados de busca e apreensão, em diversos endereços. De acordo com a investigação, o grupo utilizava postos de combustíveis para lavar o dinheiro dos lucros do tráfico. Thiago Gomes de Souza é proprietário do posto Petrox, na avenida Miguel Sutil, e dos postos Atalaia e Jumbo, na rodovia Palmiro Paes de Barros.

O grupo era liderado por Thiago Gomes de Souza, conhecido como “Baleia” no Comando Vermelho, o empresário foi detido em sua própria casa no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. Em sua residência, foram apreendidos R$ 40 mil dentro de um guarda-roupa, além de uma grande quantia em um cofre nos postos que ele era proprietário. No total, foram apreendidos R$ 350 mil.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o grupo adquiria a droga em Porto Esperidião. Na sequência, a organização criminosa mantinha os entorpecentes em Mirassol D’Oeste e só depois a cocaína era enviada para Cuiabá, onde era comercializada.

Fonte: Folha Max

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