Mais um integrante da quadrilha investigada pela Polícia Civil na Operação Imperial por roubos de veículos em Mato Grosso foi preso. O investigado de 31 anos teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Barra do Bugres, no interior do estado, quando procurou a Delegacia da Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência e foi reconhecido pelos policiais, que já estavam com informações sobre o foragido repassadas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos.
Na semana passada, outro alvo da operação foi preso no interior de Mato Grosso do Sul pela equipe da Delegacia Regional de Jardim em apoio à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva). Ele era um dos principais alvos da investigação e estava foragido desde a deflagração da operação, no ano passado. “Ele era responsável por alugar as casas onde a organização criminosa ocultava os veículos roubados e falsificar os documentos para “esquentar” os veículos”, afirmou o delegado Gustavo Garcia, da Derfva.
Além desses dois mandados cumpridos, a Polícia Civil de Mato Grosso continua as buscas para chegar ao paradeiro de mais um investigado, que está foragido.
Operação Imperial
As investigações da Derfva resultaram na deflagração da operação em agosto do ano passado, quando foram cumpridos 13 mandados de prisão e 42 mandados de busca. A organização criminosa atuava também no tráfico de drogas, na modalidade escambo (troca de veículos, objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais, entre outros crimes.
Foi identificado o envolvimento da quadrilha em, pelo menos, 25 ocorrências, sendo 18 roubos majorados no período entre agosto e outubro de 2020. A investigação apontou ainda que neste curto período houve um prejuízo às vítimas de cerca de um milhão e meio de reais.
A organização criminosa possuía três núcleos de atuação, sendo um deles que atuava no nos roubos de veículos, outro destinado para fazer a venda do produto através de estelionato e uma terceiro com o tráfico de drogas.
Nas duas fases da operação realizadas no ano passado, o objetivo do trabalho da Derfva foi atuar na descapitalização e desmantelamento da organização criminosa. Para chegar aos autores e na responsabilização criminal de cada integrante, a delegacia reuniu uma farta documentação durante a investigação e também nas fases da Operação Imperial, quando foram cumpridas 84 ordens judiciais decretadas pela 7ª Vara de Cuiabá, entre mandados de prisões, buscas e apreensões e medidas cautelares diversas contra a organização criminosa, além do sequestro de valores de contas bancárias e investimentos dos investigados.
Sequestro de bens
A Derfva representou à 7ª Vara Criminal e foi autorizado o sequestro dos 23 veículos pertencentes à organização criminosa e a alienação antecipada dos bens sequestrados, estimados em cerca de 2 milhões de reais. Os bens constituem objetos indiretos dos crimes investigados, ou seja, itens adquiridos com os proventos dos crimes.
O delegado Gustavo Garcia disse que a medida busca garantir eventual reparação dos danos causados pela organização criminosa, bem como a necessidade de impedir a deterioração dos bens.