Edésio Alves de Assunção foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da sua ex-esposa, a técnica de enfermagem Josilaine Maria Gomes dos Reis. O júri popular ocorreu durante esta quinta-feira, no Fórum de Cuiabá.
O crime ocorreu em 6 de outubro de 2021, no bairro Nova Esperança, em Cuiabá. Os filhos do casal presenciaram a morte da mãe.
Na ocasião, Edésio foi encontrado ferido e havia dito que teria tentado tirar a própria vida. Ele ficou internado, mas depois de receber alta médica foi preso.
Nesta quinta, em seu depoimento durante o júri popular, ele descreveu como cometeu o crime. Ele disse que, após a separação, ficou depressivo e começou a beber. Antes do crime, estava num bar.
“Eu estava num bar, com a faca. Estava tão transtornado, fui direto na porta dos fundos, arrombei e fui direto onde ela estava. Estava tão bêbado e deprimido que fiz aquela besteira com ela. Eu me arrependo muito”, afirmou.
“Acho que dei 3 facadas na cama. As crianças estavam assustadas. A Caroline desceu e os dois foram com ela até a porta. A Josilaine não tinha desfalecido ainda. Ela levantou e eu a peguei pelo braço. Eu me sensibilizei com o que tinha feito e a levei até o banheiro, segurei pra que ela não caísse de uma vez no chão. Até hoje não acredito que fiz isso. Eu deitei na cama e dei uma facada no meu peito. Fiquei ali, mas percebi que não estava desfalecendo, só estava com aperto no peito. Eu peguei a faca de novo e tentei dar outro golpe e não tive força”, relatou.
Familiares da vítima prestaram depoimento e disseram que o acusado era possessivo com a técnica de enfermagem. O casamento deles durou cerca de 7 anos, com algumas idas e vindas.
Com a conclusão do júri, o acusado seguirá preso. A magistrada deu prazo de 10 dias para que a defesa ou o Ministério Público recorram da sentença.