Home Destaque ‘Espero que pegue pena máxima’, deseja mãe de vítima de feminicídio


‘Espero que pegue pena máxima’, deseja mãe de vítima de feminicídio

| Por


“Espero que ele pegue a pena máxima, mesmo que nem isso amenizará a minha dor. Ele tirou minha única filha”, deseja Osilene Santos, mãe de Oriany dos Santos Barbosa, morta em 2020. O namorado da vítima, Diego Murta dos Santos, está preso pelo crime e será julgado na tarde de quinta-feira (23) pelo feminicídio.

O corpo da jovem foi encontrado na região do Capão do Pequi, em Várzea Grande, no dia 20 de agosto de 2020. Ele estava desaparecida há dias e havia deixado uma carta indicando que se algo acontecesse com ela, o culpado seria o companheiro.

A vítima já estava em avançado estado de decomposição, mas, mesmo assim, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encontrou marcas de asfixia.

O rapaz foi preso no dia 27, na cidade, e negou o crime. Contudo, ele disse que viu a namorada passar mal e não chamou socorro. Ele tem várias passagens criminais por diversos delitos e usava tornozeleira eletrônica quando foi capturado.

A mãe contou que a filha conheceu o rapaz pela internet e se relacionou com ele por 8 meses. Todo o namoro foi conturbado, com ameaças e coação, mas a Osilene só soube o que a filha passava depois do assassinato.

Na época, Oryane tinha 28 anos e deixou um filho de 5. A criança foi criada pela avó até o ano passado. Agora, ele vive com o pai, porém as perguntas pela mãe são constantes.

“Ele pergunta pela mãe e entende que nunca mais a verá. Não sabe como se deu sua morte, mas já me pressionou várias vezes a falar e declarou suspeitar que ela foi assassinada pelo namorado”, conta Osilene. “Tive que ser mãe, avó e psicóloga ao mesmo tempo. Ele é uma criança feliz e normal, apesar da carência”, completa.

Dois anos após a perda a única filha, a mulher diz que encontrou em Deus suporte para os dias difíceis. Ela foi intimada a comparecer ao júri e será a primeira vez que fica cara a cara com o acusado de matar a filha.

“Essa espera foi bem difícil, mas chegou. Tive que superar minhas dores emocionais praticamente sozinha. Contando sempre com o meu Deus. Espero que ele pegue a pena máxima, mesmo que nem isso amenizará a minha dor. Ele me tirou minha única filha, que deixou um filho, na época com 5 anos”, explica.

O júri popular está marcado para as 13h, no Fórum de Várzea Grande.

Fonte: Folha Max

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here