Com o objetivo de impedir a entrada de materiais ilícitos por meio de drones na Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, mais conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (215 km de Cuiabá), a unidade reforça a segurança com a instalação de uma nova cobertura.
O diretor da unidade, Ailton Ferreira, explica que o manuseio de drones é um dos principais meios utilizados para entrada de produtos ilícitos. Nos últimos dois anos, foram apreendidos 80 equipamentos eletrônicos.
Com isso, a Mata Grande investe mais de R$ 400 mil na instalação de uma tela reforçada de alambrado, com uma estrutura que terá oito metros de altura e dois metros de afastamento das alas criando uma barreira entre o espaço livre e as alas dos raios.
“Já instalamos tela pinteiro nos raios, mas essa proteção durou um tempo e logo os recuperandos encontraram uma forma de danificá-las, fragilizando a segurança para inserir materiais ilícitos. Não é uma tarefa fácil, pois todos os dias eles inventam novas formas de alimentar o crime, porém, a Polícia Penal é tenaz e trabalha de forma ostensiva dentro do presídio”, ressalta.
Conforme o diretor, o desafio é estar sempre atento a qualquer irregularidade. “Operações como essas onde retiramos uma grande quantidade de material ilícito reforça o nosso compromisso com a sociedade no combate à criminalidade. E estamos sempre em atividade com os rígidos procedimentos de segurança e a continuidade das ações de revista”, reforça.
Operação Mercúrio
Em continuidade à Operação Mercúrio, os policiais da Mata Grande encontraram nesta quarta-feira (16.03), aparelhos celulares, acessórios e entorpecentes, durante a Operação Mercúrio II, que busca apreender materiais ilícitos no presídio.
As equipes do Plantão Alpha e Expediente localizaram 15 celulares, 14 carregadores, três fones de ouvido e duas porções de substância aparentando ser maconha que estavam escondidos em buracos nas celas.
“Foi um dia de intenso trabalho, tanto de inteligência quanto braçal, sendo necessário o uso da força física e de um martelete para quebrar paredes e retirar os materiais ilícitos que estavam escondidos dentro delas”, afirma Ailton.