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Hospital defende postura de médicos e nega ter feito acusação de estupro

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O Hospital Vale do Guaporé, de Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), publicou uma nota de esclarecimento sobre o caso da bebê Mariah Eliza da Silva, de 6 meses, que morreu na última quarta-feira (9), após complicações de uma pneumonia. A unidade de saúde chegou a alertar sobre a possibilidade de um suposto estupro contra a criança e o padrasto da criança chegou a ser preso pela Polícia Militar, suspeito de ter cometido o abuso sexual. 

O laudo elaborado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a causa da morte foi uma insuficiência respiratória. Os peritos destacaram que não haviam sinais de violência sexual, nem elementos para afirmar que houve estupro. “Em decorrência de várias condições patológicas associadas que possa ocasionar nas lesões constatadas, não apresentando nexo direto com violência sexual”, diz um trecho do documento. 

O hospital apontou, na nota, que a criança deu entrada na unidade juntamente com sua mãe, com um quadro de insuficiência respiratória grave, agitada, chorosa, abdome distendido, com grandes dificuldades de respirar, sendo imediatamente colocada na máscara de oxigênio. A genitora teria negado que a enfermeira fizesse a higienização, pois a bebê teria um problema de hemorroida, o que causou estranheza na profissional, que chamou uma médica para fazer uma avaliação. 

“No momento do exame, a médica percebeu alterações expressivas nos órgãos genitais, e também um prolapso retal. Para que houvesse uma segunda avaliação, foi chamado então outro médico, um cirurgião para nova análise, que também constatou as mesmas lesões da colega anterior, e mais, no momento da avaliação do cirurgião, quando ela estava sendo examinada saiu um líquido translúcido de dentro da sua genitália, em grande quantidade. Esse líquido foi coletado e enviado para análise, e o resultado foi que: nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local”, diz a nota. 

Na nota, o hospital apontou ainda que não afirmou que houve estupro, mas optou por comunicar as autoridades competentes, como o Conselho Tutelar, por conta da detecção de um possível abuso contra a criança. A unidade de saúde aponta ainda no documento que independente de ter havido ou não crime sexual contra o bebê, ficou claro para os profissionais que a criança era vítima de maus-tratos, por conta de uma suposta negligência da mãe. 

“Vale salientar e ressaltar que em momento nenhum os profissionais desta Instituição acusaram ninguém de estupro e todo procedimento realizado com a bebê consta em prontuário médico. Entendemos que diante dos fatos relatados, seria de enorme negligência de nossos profissionais que, se furtassem em relatar aos órgãos competentes o quadro clínico em que esta criança deu entrada no Hospital, não só ao contexto que foi constato no decorrer das avaliações, e mais, o quadro clinico gravíssimo que a paciente chegou até o Hospital, caracterizando claramente maus tratos, uma vez que a própria mãe relatou que a bebê estava passando mal a 5 dias”, conclui. 

CONFIRA NA ÍNTEGRA 

NOTA DE ESCLARECIMENTO  

O Hospital Vale do Guaporé, vem através deste esclarecer os fatos ocorridos na data do dia 08 de março de 2022, em relação a paciente menor M.E.S. 

Ocorre que na manhã deste dia deu entrada no Hospital Vale do Guaporé, a paciente com sua mãe Tassia Gabriely da Silva Batista, com um quadro de insuficiência respiratória grave, agitada, chorosa, abdome distendido, com grandes dificuldades de respirar. Foi prontamente atendida pelo médico pediatra de plantão, que a medicou, solicitou exames e a já foi colocada na máscara de oxigênio. 

Quando posteriormente a equipe de enfermagem foi fazer o acesso venoso, a mãe negou que fosse feita higienização completa na bebê, e nesse momento a mãe relatou que ela  tinha um problema de hemorroida, a enfermeira achou a postura da mãe estranha, e chamou a médica para avaliar a bebê, e verificar o relato da mãe. 

No momento do exame, a médica percebeu alterações expressivas nos órgãos genitais, e também um prolapso retal. Para que houvesse uma segunda avaliação, foi chamado então outro médico, um cirurgião para nova análise, que também constatou as mesmas lesões da colega anterior, e mais, no momento da avaliação do cirurgião, quando ela estava sendo examinada saiu um líquido translúcido de dentro da sua genitália, em grande quantidade. Esse líquido foi coletado e enviado para análise, e o resultado foi que: nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local.  

Foi então que a mãe ficou surpresa em ver a situação dos órgãos genitais da sua bebê, indagando o médico, do que poderia ter acontecido a sua filha. A equipe achando muito estranho, a questionou:  se ela não dava banho na bebê, para não ter visto os ferimentos. 

A partir de então, foi acionado pelo Hospital Vale do Guaporé, o Conselho Tutelar para que ele incumbido em suas atribuições tomassem as devidas providências, uma vez que foi detectado esse POSSÍVEL ABUSO, vale salientar e ressaltar que em momento nenhum os profissionais desta Instituição acusaram ninguém de estupro, todo procedimento realizado com a bebê consta em prontuário médico. Entendemos que diante dos fatos relatados, seria de enorme negligência de nossos profissionais que, se furtassem em relatar aos órgãos competentes o quadro clínico em que esta criança deu entrada no Hospital, não só ao contexto que foi constato no decorrer das avaliações, e mais, o quadro clinico gravíssimo que a paciente chegou até o Hospital, caracterizando clareamento maus tratos, uma vez que a própria mãe relatou que a bebê estava passando mal a 5 dias. 

Foi então acionado os órgãos competentes, que deram início as diligências e as providências legais e serem tomadas. 

Neste interim, estava sendo solicitada a regulação desta paciente para uma UTI pediátrica. Pois seu quadro se agravava. Já no outro dia, quarta-feira, dia 09 de março de 2022, por volta das 16:30, saiu vaga para a sua remoção. O quadro se agravava ainda mais com o decorrer do tempo e foi necessário realizar um acesso central, pelo agravo clinico, e para posteriormente ela ser entubada. Depois desse procedimento encerrado, foi feita a perícia técnica, por volta das 17:30. 

Depois de todo processo realizado para sua remoção, enquanto aguardava a saída ela teve 5 PCRs, vindo a óbito  no translado, ficando absolutamente evidenciado a gravidade do seu quadro. 

Reafirmamos que o Hospital Vale do Guaporé, preza por um bom atendimento, respeito e transparência a todos os pacientes e a comunidade de Pontes e Lacerda, e lamentamos profundamente essa tragédia, e continuaremos prestando todos os esclarecimentos necessários para demonstrar a lisura das condutas de suas atividades. 

HOSPITAL VALE DO GUAPORÉ

Fonte: Folha Max

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