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Acusado de atirar em festa, líder empresarial paga R$ 20 mil e é solto

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O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (ACES), no norte do estado, Savio Junior Zantolo, de 40 anos, preso suspeito de tentativa de homicídio durante uma confraternização, foi solto nessa quinta-feira (3).

De acordo com a decisão da Justiça, a soltura foi sob pagamento de fiança de R$ 20 mil.

Sávio havia sido preso nessa terça-feira (1°). A suspeita é de que ele teria iniciado uma briga com um dos participantes da festa, em casa, e, em seguida, atirado contra outras pessoas que estavam no local, segundo a Polícia Militar.

O advogado de defesa de Savio, José Fernando Martins Baraldi, disse que aguarda ter acesso a mais detalhes do caso para se manifestar.

Para a soltura do empresário, foram estabelecidas também outras medidas: a comunicação de qualquer alteração de endereço, não se envolver em novos crimes, comparecer a todos os atos do processo, suspensão do registro de porte de arma e não manter contato, por qualquer meio de comunicação, com as pessoas envolvidas no boletim de ocorrência.

“Entendo que não existem elementos para a manutenção da prisão, vez que não há nos autos indícios que o detido gere desordem pública, que solto irá prejudicar a colheita de provas, ou evadir-se, com intuito de prejudicar uma possível condenação”, diz trecho da decisão.

Além disso, o magistrado levou em conta que o empresário não tem registros criminais. Segundo a Justiça, durante a audiência de custódia, O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou parecer pela homologação do flagrante e a conversão da prisão em preventiva e, em caso de liberdade provisória com fixação de medidas cautelares, a de suspensão do porte de arma de fogo e recolhimento das armas de fogo.

Já a defesa pediu liberdade provisória com fixação de medidas cautelares diversas da prisão, pedido que foi atendido.

O caso

Conforme o boletim de ocorrência, a polícia recebeu denúncias anônimas informando que um homem estava atirando em via pública no Centro da cidade. Ao chegarem no local, os policiais encontraram Savio na frente de uma casa com uma arma na mão. Em seguida, segundo a PM, ele correu para dentro da residência e trancou o portão.

Segundo a polícia, após um tempo conversando com o suspeito, ele abriu o portão apontando a arma para os militares. Tempo depois, o homem deixou o objeto no chão e foi revistado pela equipe.

No local, a vítima e outras testemunhas contaram aos policiais que estavam em uma confraternização quando Savio teria iniciado uma briga com outro participante da festa. Em seguida, de acordo com a polícia, o presidente foi para outro cômodo da casa, pegou uma arma e iniciou os disparos contra as pessoas que estava no local.

Muitos correram para a rua, mas foram acompanhadas pelo suspeito, que continuou atirando. Na frente da casa, os policiais encontraram quatro cápsulas deflagradas.

A PM informou ainda que Savio teria resistido à prisão, mas foi algemado pelos militares e encaminhado à delegacia. Segundo o processo, uma das vítimas, que é motorista de aplicativo, disse que quando chegou ao destino, já encontrou o detido armado, tendo este atirado várias vezes contra o seu carro.

Ele relatou que estava com três passageiros que reconheceram o detido, tendo dito aos três que ficassem abaixados dentro do carro, conseguindo de lá sair engatando marcha ré. A vítima declarou ainda não conhecer o detido e que nunca teve nenhum desentendimento com ele, tendo, porém, representado criminalmente em seu desfavor. “Não há nos autos qualquer informação de que qualquer tiro tenha acertado o veículo da vítima. Também não há relatos de que tenha a vítima sido perseguida pelo detido.

A mulher do empresário declarou à Justiça não precisar de medidas protetivas, e que teria ouvido somente um tiro. A filha também. “Assim, não se nega a prática de ilícitos pelo detido, com uso de arma de fogo, o que merece uma resposta mais dura do Poder Judiciário, mas ainda há que melhor se esclarecer os fatos, inclusive para fixação da competência. A vítima não sofreu qualquer lesão. Chegou e saiu do local em seu próprio veículo, que não foi alvejado. Dos autos, tudo levando a crer que se trata de fatos isolados na vida do detido”, conclui o magistrado.

Fonte: Folha Max

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