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SMS engrossa o coro do Janeiro Branco e brada que “O mundo pede saúde mental”

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De mãos dadas com a Campanha Janeiro Branco, cujo lema em 2022 é “O mundo pede saúde mental”, a equipe técnica das unidades de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – integrada por servidores do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-AD), Caps Paulo de Tarso, Caps Infantojuvenil e Ambulatório de Saúde Mental – realiza, na próxima quinta-feira (20), das 8h às 12 horas, na Praça dos Carreiros, mutirão para conscientizar a população sobre o valor da saúde mental para uma vida positiva.

Abraçados à Pasta nessa causa, vários parceiros como o Centro de Valorização da Vida (CVV), a Clínica Popular de Psicologia de Rondonópolis, clínicas-escola da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e da Universidade de Cuiabá (UniC), além de terapeutas de práticas integrativas complementares em saúde vão participar da ação prestando atendimento ao público que estiver no local. Profissionais voluntários vão conduzir aulas de yoga e aplicar reiki.

Todo início de ano as pessoas fazem planos e traçam projetos aos quais se dispõem a cumprir. Saber que uma nova trilha começa, revigora o espírito e renova as esperanças de melhora do que precisa ser alterado e concretização de objetivos propostos. Com base nessas premissas, o mineiro de Uberlândia Leonardo Abrahão Pires Rezende criou, em 2014, a Campanha Janeiro Branco, que busca refletir sobre os mecanismos que estimulam a saúde mental, conscientizando os indivíduos para que façam escolhas conscientes que favoreçam a área psicológica e emocional, proporcionando, assim, uma existência com mais harmonia e qualidade.

Psicólogo e professor de sociologia, em entrevista concedida ao canal de TV da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o idealizador do movimento afirma que a escolha do mês de janeiro se deve à própria origem do nome. Janeiro vem de Janus, deus da mitologia romana responsável pelas transições, abertura e fechamento de ciclos.

“E o que é o Réveillon e janeiro – ano novo, vida nova? A ideia é resgatar esse sentido original de janeiro, de Janus, da passagem. E convidar as pessoas a irem além do Réveillon, das festas caras, das mesas caras e das bebidas caras que Réveillon virou. Irem além disso e aproveitarem essa simbologia da virada e pensarem sobre a vida. O que eu quero virar? O que eu quero deixar para trás? O que eu quero trazer para dentro? Em que eu quero investir? Que rumo eu quero dar à minha vida?”, provoca. Apesar de aproveitar a simbologia de janeiro, Leonardo reforça que a saúde mental deve estar em pauta o ano inteiro.

Lembrando que somos autores de nossa própria história e que a construímos a cada dia, a escolha do branco, segundo o psicólogo, se deve ao acolhimento que a cor proporciona. “A cor branca deixa um vazio aberto para que a gente intervenha e coloque ali dentro o que queremos. Ela nos convida a uma intervenção criativa”, nota.

Superar preconceitos é outro desafio que a campanha propõe. A intenção, segundo seu inventor, é mostrar às pessoas que não é preciso ter vergonha e que reconhecer que se precisa de ajuda é atitude de fortaleza, inteligência, autoestima e humildade. “Se você estiver sofrendo e percebendo que não está dando conta de lidar com questões da sua vida sozinho, largue de tabu, invista em você mesmo e vá atrás de solução. Os profissionais da saúde podem te ajudar”, aconselha ele, que comemora a proporção que a mobilização tomou. Não é para menos. Hoje na sua nona edição, a Campanha Janeiro Branco atravessou as fronteiras de Uberlândia e já é implementada por empresas públicas e privadas de todo o Brasil que reconhecem o valor de cuidar da saúde das pessoas de forma integral, já que o corpo é um todo complementar que engloba o físico e o mental. 

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