O Projeto Olimpus, lançado em 2020 pelo Governo de Mato Grosso, atende 151 atletas profissionais e de base e 30 treinadores. Executado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), o programa investe R$ 3,2 milhões no incentivo às práticas esportivas em Mato Grosso.
Para a canoísta Ana Sátila, atleta que começou a remar por influência do pai, em Primavera do Leste, o Projeto Olimpus é de suma importância para que atletas de Mato Grosso ganhem cada vez mais destaque em competições nacionais e internacionais.
“Esse apoio do Governo de Mato Grosso é de extrema importância para os atletas. É uma ajuda que influencia, motiva, impulsiona. Já tenho mais de 15 anos de carreira e essa é a primeira vez que recebo, de verdade, um incentivo dessa natureza. Consigo, finalmente, enxergar o reconhecimento do poder público e a dedicação ao esporte. Meu desejo é que o Estado continue sensível a essa causa. Vale a pena o investimento. Assim, daqui a alguns anos teremos mais e mais atletas de alto rendimento representando Mato Grosso”, afirma ela.
Além de suporte para atletas e técnicos, este ano, o Projeto Olimpus se estendeu ainda a atletas, paratletas, atletas-guias e técnicos que foram convocados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio. A sessão de premiações contemplou também os atletas que trouxeram medalhas do Japão.
“Não tenho dúvidas que no Brasil, o Projeto Olimpus é um dos mais poderosos projetos de apoio ao atleta. O programa apóia atletas desde a base estudantil, até atletas de alto rendimento, nacional e internacional. Agora, na segunda fase do projeto, acrescentamos os técnicos nacionais e internacionais e o prêmio de participação olímpica, o máximo na carreira de um esportista”, destaca Beto Dois a Um, secretário de Cultura, Esporte e Lazer.
Felipe Lima da natação, Ana Sátila da canoagem, Almir Júnior do atletismo, Bruna Benitez do futebol feminino e Haline Leme Scatrut do rugby, receberam R$ 30 mil pela participação em Tóquio, contemplados pelo Projeto Olimpus. E, ainda, a premiação dos atletas paralímpicos, como Romário Diego Marques, mato-grossense de coração, que agora ostenta a inédita medalha de ouro com a seleção masculina de goalball.
“Valorizar e incentivar o esporte em Mato Grosso, esse é o objetivo. Reformulamos e ampliamos as bolsas e categorias dos atletas atendidos, e incluímos treinadores e técnicos no Projeto Olimpus. Além disso, os pagamentos estão rigorosamente em dia, dando assim mais condições para que nossos esportistas possam alçar vôos cada vez mais altos”, afirma Beto Dois a Um.
“Um incremento de quase quatro vezes o orçamento inicial. Isso mostra quanto o governo Mauro Mendes valoriza o esporte desde a base até o alto rendimento”, completa Jefferson Neves, secretário adjunto de Esporte da Secel.
Cerimônia reuniu no Palácio Paiaguás atletas mato-grossenses que representaram o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio
Colhendo resultados
Recentemente, cinco atletas mato-grossenses, convocados pela seleção brasileira de atletismo Sub-20, disputaram o Sul-Americano, todos eles bolsistas do Projeto Olimpus. No Troféu Brasil, dos 24 que participaram, 16 eram bolsistas do projeto e voltaram com medalhas.
Lissandra Maysa Campos (18 anos), do Instituto Vicente Lenilson, de Cuiabá, conquistou o bronze no salto à distância. Ela saltou 6m45, enquanto a campeã, Eliane Martins, de São Paulo, saltou 6m67. Lisandra treina diariamente sob a orientação do medalhista olímpico Vicente Lenilson de Lima, no 9º Batalhão de Engenharia e Construção, no bairro Coxipó.
Troféu Brasil 2021: Lissandra Campos conquistou o bronze no salto a distância
“Um incentivo que ajuda muito no desenvolvimento da prática esportiva em Mato Grosso. Sem essa bolsa, minha vida de atleta seria muito mais complicada. Com o Projeto Olimpus, meu desempenho aumentou e os frutos estão aparecendo”, diz Lissandra.
Já Adrielly Kailayne Martins Rodrigues (18 anos), de Rondonópolis, conquistou o bronze no salto em altura perdendo para a pernambucana Sarah Suelen Fernandes Freitas e para a paulista Valdilela Martins. De acordo com o medalhista Vicente Lenilson, a conquista de Mato Grosso no Troféu Brasil de Atletismo Adulto é muito importante, principalmente pelo apoio do Governo do Estado aos atletas por meio da Secel.
“As atletas agora têm ajuda financeira do Projeto Olimpus, que contribui muito para que desempenhem seus treinamentos com mais desenvoltura e segurança, desde quando começaram a receber o recurso”, disse o medalhista olímpico que desenvolve a prática do atletismo na baixada cuiabana para atletas com idade entre 7 e 17 anos.
Valores
Com a reformulação, o valor pago por bolsa da categoria Atleta Estudantil, para atletas de 12 a 16 anos, foi aumentado para R$ 600. Na categoria Atleta Nacional o valor é de R$ 900.
As outras duas categorias criadas pelo Governo de Mato Grosso foram para “Atleta de Base”, que contempla aqueles atletas que obtiveram resultados positivos na etapa brasileira dos Jogos Escolares da Juventude e nos campeonatos estaduais escolares, de acordo com as regras estabelecidas no programa. Para essa modalidade, o valor de R$ 250.
Já a categoria “Atleta Internacional Olímpico” vai contemplar 20 bolsas para quem obtiver colocações em competições internacionais estabelecidas no programa. Nessa modalidade, o atleta receberá o valor de R$ 1,6 mil.
Para o Bolsa Técnico Nacional serão 20 bolsas no valor de 12 parcelas de R$ 1.000. Já na categoria Bolsa Técnico Internacional serão 10 bolsas de R$ 1.500 por mês, também 12 parcelas. O investimento total para as duas categorias voltadas a treinadores é de R$ 360 mil.