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Sema-MT intensifica aporte de água com caminhões-pipa para atender animais do Pantanal

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) fornece água para corixos em que se analisou a necessidade suplementar ao habitat de animais em extinção, como o caso das ariranhas, com base no trabalho de avaliação permanente da situação dos animais e presença de água no Pantanal Mato-grossense.

Desde o dia 19 de outubro, a Sema-MT disponibiliza em média três caminhões-pipa ao dia para aporte de água no local. O trabalho é integrado com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), que tem a responsabilidade de definir sobre o manejo de fauna silvestre. 

Os animais do local – lontras, ariranhas e jacarés-do-pantanal – estavam em estresse hídrico. O manuseio dos animais não é recomendado para evitar ainda mais danos à fauna, por isso, o aporte de água é uma medida indicada. 

“Diante da informação da ariranha estar listada como espécie que apresenta alto risco de extinção no seu habitat natural, foi levantada a discussão sobre um possível translocamento. Esta ação foi descartada, pois, além de serem animais de grande porte maior e que se refugiam dentro da água, esta ação de manejo apresentaria um alto risco de que os animais morram afogados antes do resgate, uma vez que para a contenção é necessário o uso de sedativo”, explica a coordenadora de Fauna da Sema-MT, Neusa Arenhart.
 

Ações no local

No dia 11 de setembro começou a primeira intervenção no local com uso de caminhão-pipa da Defesa Civil estadual e outro cedido pela ONG Brigadistas do Pantanal Norte. A operação foi acompanhada pela ONG Ecotrópica para aferir e monitorar as condições da água, e pela equipe do GRAD (Grupo de Resgate de Animais em Desastres) que disponibilizou peixes da espécie tuvira como alimento. 

O abastecimento com água e disponibilidade de alimento no local também estão sendo realizados pela ONG AMPARA Silvestre e pelo grupo ÉoBICHO que atuam na região em defesa dos animais do Pantanal.

Cuidados com a Fauna

Em nota técnica, a Sema-MT recomendou que, exceto em casos pontuais avaliados pelos Órgãos Ambientais, por especialistas e pesquisadores, não é indicada em hipótese alguma a suplementação alimentar aos animais silvestres. 

Entre os riscos, a transmissão de doenças, a habituação, a ceva, e alterações de comportamento social intra e inter específico, que prejudicam a habilidade da fauna silvestre na busca e captura do seu alimento natural. Equipe técnica do órgão que monitora o bioma e os pesquisadores consultados avaliam que a vegetação consegue, na maioria dos casos, suprir as necessidades básicas dos animais como refúgios e alimentação.

O parecer oficial da Secretaria é assinado por especialistas da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Pantanal (Embrapa), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Fonte: GOV MT

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