As ações integradas das forças de Segurança do Estado provocaram ao crime organizado um prejuízo avaliado em R$60 milhões em apenas duas ações, em Mato Grosso. Esse valor equivale a 7,2 toneladas de entorpecentes incineradas na manhã desta terça-feira (05.10), em Cuiabá. Um número histórico já alcançado nas ações de combate ao crime organizado e ao tráfico internacional de drogas no Estado.
O resultado faz parte atuação conjunta do Estado, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). As instituições estão constantemente trocando informações para o enfrentamento ao tráfico internacional de drogas. O resultado disso foi a apreensão de sete toneladas de drogas em um intervalo de 72 horas, no mês passado, e que já foi autorizada pela justiça para incineração.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, resumiu o resultado em apenas três palavras: Tecnologia, Inteligência e Integração. “Nós não trabalhamos sozinhos, todo mundo faz sua parte tanto na hora da operação quanto na hora de identificar os resultados. Na questão inteligência fazemos análises mínimas nas das investigações e a comunicação rápida, uso de câmeras, tudo isso facilita o nosso trabalho”, lembrou o secretário.
A Polícia Federal, que está constantemente compartilhando informações com as policiais estaduais, é uma importante aliada no enfrentamento ao tráfico de drogas. Para o superintendente da PF, Sérgio Sadao Mori a destruição da droga é a coroação de uma missão cumprida. “É um trabalho árduo, mas é um trabalho que traz resultados muito importantes para o país inteiro”.
Do entorpecente queimado, estão dois mil quilos de cocaína que podem custar até R$45 milhões. Cerca de uma tonelada foi apreendida na região de fronteira com a Bolívia no município de Cáceres (270 km de Cuiabá), em ação que envolveu a Polícia Federal e os agentes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). A outra parte da cocaína foi resultado de ações da Polícia Federal em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).
O tenente-coronel Fábio Ricas, coordenador do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), pontuou que a integração das forças de segurança é muito importante e elenca os investimentos feitos pelo Estado na área de segurança. “Outro fator extremamente positivo que tem dado resultado, são os investimentos que o Estado vem fazendo que traz equipamentos, viaturas e recursos financeiros para desenvolvimento das operações”, disse.
A queima também incluiu cinco toneladas de maconha avaliadas em R$15 milhões. A droga foi apreendida por Policiais do Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil no município de Alto Taquari (480 km de Cuiabá). A quantidade apreendida também é um número histórico em apenas uma operação e mostra que o tráfico está cada vez mais estimulado.
O delegado Mário Demerval, diretor geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, destaca que o trabalho realizado na faixa de fronteira do Estado traz resultados positivos para a segurança em contexto nacional. “O entorpecente que entra aqui ingressa para o sudeste e nordeste do Brasil e com as polícias cada vez mais estruturadas, trabalhando com inteligência, é possível desarticular as quadrilhas e trazer à sociedade a paz esperada”, explicou.
Também estiveram presentes na incineração o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Jonildo José de Assis, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Alessandro Borges Ferreira, o diretor geral da Perícia Oficial e Identificação Técnica, Rubens Okada, o secretário adjunto de Segurança Pública, Carlos Davim, o secretário adjunto de Integração Operacional, coronel PM Juliano Chiroli e o secretário adjunto de Administração Penitenciária, Jean Gonçalves.