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Escândalo de corrupção com recursos para a Covid-19 respinga em Emanuel

É muito difícil explicar que algo tão grande acontecesse tão próximo de si sem contar com sua participação ou no mínimo sua conivência

| Por Redação
POLÊMICA: Governo de MT prepara compra de 1,2 milhão de imunizante Sputinik V que não tem aval da Agência Nacional. Emanuel Pinheiro diz que "cuiabano não é cobaia...". Foto - Assessoria

Pré-candidato a governador do estado, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não vive seus melhores dias. Isso porque sua administração é alvo de uma devassa por parte da Polícia Federal que apuram esquemas de corrupção que podem ter desviado até R$ 45 milhões Secretaria de Saúde da capital recursos destinados para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Apesar de não ter o nome envolvido diretamente na operação e de jurar que pretende colaborar com as investigações e de querer que os culpados sejam identificados e punidos, o esquema era composto em parte por membros do primeiro escalão de Pinheiro, em cargos ocupados por pessoas indicadas por seu partido, o que o deixa no mínimo numa posição desconfortável, pois é muito difícil explicar que algo tão grande acontecesse tão próximo de si sem contar com sua participação ou no mínimo sua conivência.

Crítico ferrenho do governador Mauro Mendes (DEM), seu adversário nas urnas em 2022, Emanuel Pinheiro perde pontos preciosos na corrida ao ver um caso tão grande e rumoroso de corrupção tão próximo de si, principalmente envolvendo um assunto tão delicado quanto os recursos destinados para o combate à Covid-19.

Entenda melhor o caso

As investigações identificaram sete membros do esquema, denominado núcleo político-administrativo, que operaria como uma verdadeira organização criminosa e que teriam usado a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), comandada por Célio Rodrigues, e a Secretaria Municipal de Saúde, então gerida pelo advogado emedebista Luiz Antônio Possas, para realizar contratos com empresas de um mesmo grupo empresarial, praticando preços acima do mercado.

As investigações e denúncias fazem parte da Operação Curare, que na última sexta-feira (30), que resultaram no afastamento do secretário municipal de Saúde, Célio Rodrigues da Silva, e Alexandre Beloto Magalhães de Andrade, secretário interino de Gestão.

A investigação apura irregularidades nas reiteradas contratações emergenciais ilegais de empresas para prestar serviços na área de saúde sem licitação, sendo que as seis empresas investigadas que fariam parte do mesmo grupo econômico teriam recebido R$ 45 milhões.

Desses valores, R$ 11 milhões foram pagos à Hipermed; R$ 10 milhões à Douglas Castro-ME; R$ 16 milhões à Ultramed e R$ 8 milhões à Smallmed, empresas que fazem parte do mesmo grupo empresarial e que tentavam se “perpetuar” na prestação de serviços na área de saúde na capital.

Também fariam parte do esquema o ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, Antônio Kato e os servidores Hellen Cristina da Silva, Felipe de Medeiros Costa Franco e Mhayanne Escobar Bueno Beltrão Cabral.

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