O segurança da seleção uruguaia, Harold Ferreira Roldos Ferreira, 45 anos, preso durante a madrugada desta segunda-feira (21), acusado de importunação e assédio sexual cometido contra uma mulher que exerce o papel de segurança da Conmebol, foi solto após pagar uma fiança de U$ 1 mil, durante a audiência de custódia. Ele não pode se aproximar da vítima, mas poderá permanecer em Cuiabá e viajar pelo Brasil.
O assédio ocorreu no Hotel Deville, em Cuiabá, onde a equipe do Uruguai enfrenta o Chile, nesta segunda-feira, pela Copa América.
A Federação Uruguaia de Futebol informou que demitiu o dirigente e integrante da delegação na Copa América do Brasil, por ter sido denunciada por comportamento supostamente repudiável e inaceitável. De volta a Montevidéu, será iniciado formalmente o processo administrativo de investigação correspondente, respeitadas as garantias do devido processo.
Por meio de nota, a Conmebol também se manifestou sobre o caso.
Veja o comunicado na íntegra:
Diante de uma denúncia de assédio sexual contra um integrante de uma delegação que participa da CONMEBOL Copa América, a Confederação Sul-Americana de Futebol afirma o seguinte:
– A CONMEBOL está atenta às resoluções emanadas das autoridades judiciais ou administrativas que tratem da reclamação e acatará pontualmente o que estas estabelecerem.
-CONMEBOL rejeita e condena veementemente qualquer forma de assédio sexual.
-A CONMEBOL continuará trabalhando por um futebol livre de discriminação, violência e assédio e a favor do esporte como instrumento de desenvolvimento e crescimento das pessoas e das sociedades.
O CASO
O segurança da seleção uruguaia foi preso na madrugada desta segunda-feira (21), no Hotel Deville, em Cuiabá. Ele é acusado de ter cometido assédio e importunação sexual contra uma mulher que atua como segurança da Conmebol, responsável pela organização da Copa América.
Aos policiais, a vítima relatou que estava no 2º andar do hotel quando o suspeito passou por ela e a cumprimentou. Em seguida, ele teria começado a assediar a mulher perguntando sobre o horário de trabalho dela e o valor que ela ganhava. Na sequência, o homem pediu um beijo e, em seguida, colocou uma quantia em dólar no banco onde ela estava sentada. A mulher recusou e, mesmo negando, ele tirou outra nota e colocou no bolso do jaleco da vítima.
Os seguranças do hotel flagraram o assédio pelas câmeras. Em determinado momento, a vítima foi segurada pelos braços e os seguranças foram até o local para intervir na situação.
Os seguranças do hotel acionaram a Polícia Militar. A PM foi até o quarto do suspeito, que foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes.
Em depoimento, o suspeito negou o ato de assédio, informou que estava apenas conversando sobre família. Um advogado acompanhou o suspeito e ficou responsável por seus documentos pessoais. O caso foi registrado como assédio sexual e importunação sexual.