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Cachorro é atingido por flecha em rua

| Por Metrópoles
Reprodução/Redes Sociais

Um cachorro foi atingido por uma flecha em uma rua de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã deste domingo (10). O animal foi socorrido por populares e levado até uma clínica veterinária. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conduzir o cachorro até o centro de zoonoses. Ainda não se sabe quem fez tal crueldade com o animal.

De acordo com Corpo de Bombeiros, por volta das 8h10 um cachorro foi atingido por uma flecha próximo na rua Monte Verde, no Residencial Palmeiras, próximo a Escola José Rodrigues Betim. Uma testemunha informou que encontrou o cachorro deitado no meio da rua, e logo foi levado a uma clínica veterinária. A flecha foi retirada do pescoço do animal.

No final da manhã, por volta das 11h, o veterinário solicitou o apoio do Corpo de Bombeiros para conduzir o animal, que passa bem, ao centro de zoonoses. Os militares fizeram o recolhimento do animal e o encaminharam para o setor responsável.

Maus-tratos durante a pandemia

Durante a pandemia, o número de maus-tratos a animais domésticos se tornou preocupante, uma vez que as pessoas estão passando mais tempo em casa. A bióloga, ecóloga e presidente da AOPA (Associação Ouropretana de Proteção Animal), Luana Clarice das Neves, apontou que essa é uma estatística preocupante.

Para ela, o aumento da violência doméstica registrado durante a pandemia, com uma maior convivência dentro de casa, também pode significar um aumento dos maus-tratos contra os animais domésticos. Não há nenhum impeditivo para as pessoas que violentam membros da própria família também agredirem os animais que estão em casa.

A adoção e abandono de animais domésticos é uma estatística que de fato cresceu durante a pandemia, e de forma simultânea. De um lado, muitas pessoas deixando seus pets por perceberem que não conseguiam lidar com eles, ou até mesmo por falta de condições financeiras. Do outro, indivíduos sentindo-se solitários com o isolamento social e buscando uma companhia em cães em gatos.

Fato é que as ONGs (organizações não governamentais) que abrigam animas registraram uma sobrecarga com a chegada da pandemia. Em julho do ano passado, um levantamento feito pela ONG belo-horizontina Vida Animal Livre registrou que os abandonos de animais aumentaram em 30%. Também em 2020, durante a pandemia, a ONG GARRA Animal, atuante no Rio de Janeiro, teve um aumento de 80% nos pedidos de resgate.

Lei Sansão

No dia 30 de setembro de 2020, a Lei Sansão entrou em vigor no Brasil, a fim de penalizar aqueles que praticarem maus-tratos contra cães e gatos. A lei prevê a prisão por dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal. O nome da lei presta homenagem ao pitbull que teve suas patas traseiras cruelmente decepadas em julho do ano passado, em Confins, região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Não sei se essa lei corrigirá comportamentos que na verdade são psicopáticos. Mas acho que ela servirá para fazer muitas pessoas pensarem duas vezes antes de maltratar, abandonar ou torturar um animal de estimação. Será um apoio a mais para nós protetores que tão pouco apoio temos de órgãos públicos ou da sociedade. Assim sendo, qualquer migalha que nos é dada pode ser celebrada”, disse a advogada Danielle Mansur.

Já a médica veterinária Natássia Miranda disse que a sanção da lei foi um dos melhores acontecimentos de 2020. “Antes, a pessoa que maltratava um animal ia apenas na delegacia assinar um papel e era liberada. Hoje, estamos vendo a justiça sendo feita, com os infratores sendo, realmente, presos. Infelizmente, essa lei só abrange cães e gatos. Mas já é um grande avanço para minimizar a quantidade exagerada de casos que vemos diariamente. É uma vitória no âmbito da proteção animal”.

Com Agência Brasil

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