“Ontem, pedi pro ministro de Saúde fazer um estudo sobre máscara, né? Porque quem quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Quem vai decidir é ele, vai dar um parecer, né?”, disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, antes de embarcar para uma agenda no Espírito Santo.
Logo depois, ele fez a observação de que não seria dele a palavra final. “Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e o prefeito. Eu não apito nada, né? É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Mas nada como você estar em paz que a sua consciência”, opinou o presidente.
Após a declaração do presidente, políticos e especialistas criticaram a intenção de abolir o uso do equipamento de proteção facial. No Brasil, apenas cerca de 11% da população completou o ciclo de imunização contra a Covid-19, isto é, já tomou as duas doses da vacina.
Além disso, a alta taxa de transmissão do vírus, com a média móvel de novos casos da doença acima de 50 mil por dia, não permitem que a população deixe de usar as máscaras neste momento.
Palavra de Queiroga
Em seguida, Queiroga alinhou a dispensa de máscaras ao avanço da vacinação da população brasileira. Na live de quinta-feira à noite, Bolsonaro disse que Queiroga “vai fazer um estudo de modo que nós possamos ali sugerir, orientar a desobrigação de uso da máscara para quem já foi vacinado ou para quem já contraiu o vírus”.
Nesta sexta, Bolsonaro lembrou que caberá ao ministro dar um parecer do governo federal sobre o tema, mas lembrou que a determinação sobre o uso ou não de máscaras cabe aos governos estaduais e municipais.
No início da pandemia de coronavírus, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que cabe aos governos locais estipular medidas de restrição de circulação para conter a disseminação do vírus.