O coronel do Corpo de Bombeiros, Vanderlei Bonoto Cante, comandante regional da corporação, estaria sendo alvo de uma investigação da Corregedoria do órgão. Isso por que o oficial, que foi candidato a prefeito de Rondonópolis nas últimas eleições, foi flagrado ao lado de manifestantes que ostentavam uma faixa defendendo o direito de ser homofóbico.
Na investigação em curso, a Corregedoria deve focar em dois aspectos: o fato de que homofobia é crime previsto em lei, o que em tese tornaria criminoso o fato de defendê-la, assim como deve investigar se o coronel, como membro ativo da corporação, poderia ter participado de um ato de conotação política, o que é vedado para oficiais na condição de Bonoto.
Procurado para comentar a situação, o oficial não foi localizado pela reportagem do NMT, mas ele já havia dito que não participou de nenhum ato político, que apenas acompanhou um grupo de seus eleitores de Rondonópolis que foi até o gabinete do deputado Gilberto Cattani (PSL), que afirmou a alguns dias que “ser homofóbico é uma escolha. Ser gay também”, frase claramente de teor homofóbico.
Em apoio ao deputado, que foi duramente criticado por colegas, pela imprensa e até pelo Ministério Público, que abriu investigação para determinar se o deputado cometeu crime na sua fala, um grupo de rondonopolitanos pertencentes ao grupo denominado “Movimento Conservador” foi até Cuiabá prestar apoio à declaração de Cattani com uma faixa, junto da qual Bonoto foi fotografado.
Para o comandante dos Bombeiros, o ato não foi político e ele não vê nenhum conteúdo homofóbico nos seus atos. “Jamais teria qualquer pensamento contra quer que seja”, afirmou.