A operação “Jogatina II”, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (27), resultou na apreensão de 83 máquinas usadas para aposta do jogo do bicho e apreendeu R$ 46 mil em espécie. Cada máquina custa cerca de R$ 3 mil e somado ao dinheiro apreendido, a ação resultou em quase R$ 300 de prejuízo a associação contravencionista.
Os alvos são das cidades de Barra do Garças (520 quilômetros de Cuiabá), Pontal do Araguaia e Aragarças (GO). Ao todo, 26 pessoas foram detidas, sendo que uma recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e munição. Ele deverá responder em liberdade mediante pagamento de fiança.
A estrutura do jogo tem três níveis de hierarquia. Os anotadores são a face mais visível do negócio: vendem as apostas com seus bloquinhos e carimbos. Os gerentes são contadores que cuidam dos bicheiros de determinada área, intermediando o contato e o fluxo de dinheiro aos banqueiros (também conhecidos como bicheiros), a elite financeira do jogo.
Para o deferimento das ordens judiciais, foram apresentados fortes indícios do cometimento da contravenção, elencando a forma como é sistematizada a sua realização.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Adriano Marcos Alencar, a estruturação do ilícito faz diante de uma “organização contravencionista, com estrutura muito bem organizada, de alcance ainda inimaginável, sem mensurar os grandes prejuízos às vítimas e a geração de lucros ilícitos aos destinatários”.
A operação, coordenada pelo delegado da 1ª Delegacia de Barra do Garças, Adriano Marcos Alencar e pelo delegado regional Wilyney Santana Borges, contou com 150 policiais e auxílio operacional de equipes das Delegacias Regionais de Primavera do Leste e Água Boa, bem como de equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE).