O governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), atualizou o panorama da situação epidemiológica da Covid-19 no Estado. Ao todo, 18 municípios estão na classificação de risco muito alta. Nesta situação, a Pasta orienta mais uma vez a adoção de quarentena coletiva obrigatória nestas regiões, incluindo suspensão de aulas e manutenção apenas de serviços essenciais.
Outras 123 cidades estão classificadas na categoria alta para a contaminação do coronavírus, evidenciando o aumento gradativo do número de casos e a possível chegada da terceira onda. Nenhum município foi classificado com risco moderado ou baixo para a Covid-19.
O método para definir a classificação de risco dos municípios foi aprimorado. A mudança foi publicada no Diário Oficial do dia 25 de março de 2021. Desde então, não é levado em consideração apenas o número absoluto dos casos dos últimos quatorzes dias, mas sim a média móvel dos últimos quatorze dias.
Assim, o município não sofrerá uma mudança brusca de um boletim para o outro; a cidade ficará na mesma categoria por pelo menos duas semanas, conforme sua média móvel de casos.
Também foi aperfeiçoado o cálculo dos casos acumulados. Antes eram considerados os casos acumulados a partir do dia 1º de dezembro de 2020. Com a nova metodologia, a análise será realizada sempre com base nos casos acumulados dos últimos 90 dias.
Dados da pandemia
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta terça-feira (25), 397.614 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 10.737 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado. Apenas nas últimas 24 horas foram registradas 31 mortes pela doença.
Conforme o boletim, foram notificadas 2.338 novas confirmações de casos de coronavírus no Estado. Dos 397.614 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 10.654 estão em isolamento domiciliar e 374.559 estão recuperados.
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (84.210), Rondonópolis (28.751), Várzea Grande (27.744), Sinop (20.263), Sorriso (13.539), Tangará da Serra (13.376), Lucas do Rio Verde (12.209), Primavera do Leste (10.487), Cáceres (8.449) e Alta Floresta (7.596).
Confira as medidas de acordo com a classificação de risco:
• Nível de Risco ALTO
a) implementação e/ou manutenção de todas as medidas previstas para os Níveis de Risco BAIXO e MODERADO;
b) proibição de qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração;
c) proibição de atendimento presencial em órgãos públicos e concessionárias de serviços públicos, devendo ser disponibilizado canais de atendimento ao público não presencial;
d) adoção de medidas preparatórias para a quarentena obrigatória, iniciando com incentivo à quarentena voluntária e outras medidas julgadas adequadas pela autoridade municipal para evitar a circulação e aglomeração de pessoas.
• Nível de Risco MUITO ALTO
a) implementação e/ou manutenção de todas as medidas previstas para os Níveis de Risco BAIXO, MODERADO e ALTO;
b) quarentena coletiva obrigatória no território do Município, por períodos de 10 (dez) dias, prorrogáveis, mediante reavaliação da autoridade competente, podendo, inclusive, haver antecipação de feriados para referido período;
c) suspensão de aulas presenciais em creches, escolas e universidades;
d) controle do perímetro da área de contenção, por barreiras sanitárias, para triagem da entrada e saída de pessoas, ficando autorizada apenas a circulação de pessoas com o objetivo de acessar e exercer atividades essenciais;
§1º Atingida determinada classificação de risco, as medidas de restrição correspondentes devem ser aplicadas por, no mínimo, 10 (dez) dias, ainda que, neste período, ocorra o rebaixamento da classificação do Município.
§2º Os municípios contíguos devem adotar as medidas restritivas idênticas, correspondentes às aplicáveis aquele que tiver classificação de risco mais grave.
§3º Os Municípios poderão adotar medidas mais restritivas do que as contidas neste Decreto, desde que justificadas em dados concretos locais que demonstrem a necessidade de maior rigor para o controle da disseminação do novo coronavírus.
Art. 6º O funcionamento de parques públicos estaduais seguirá as restrições estabelecidas pelos Municípios em que se encontrem e, na ausência de normas a este respeito, poderão ser utilizados, desde que observado o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas, ficando vedado o acesso sem o uso de máscara de proteção facial.