O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) realizou uma postagem considerada homofóbica nas redes sociais nesta quarta-feira (19). No post, ele afirma que “ser homofóbico é uma escolha, ser gay também”. Cattani assumiu a vaga deixada por Silvio Fávero, que morreu em decorrência da Covid-19 em março deste ano.
O G1 tenta localizar a defesa de Gilberto Cattani.
Entidades se manifestaram por meio de nota de repúdio contra o posicionamento do parlamentar.
Assinam a nota o Conselho Municipal de Atençao à Diversidade Sexual de Cuiabá (CMADSC); Grupo Livre-Mente; Conselho da Juventude (Conjuve); União da Juventude Socialista (UJS/MT); União Nacional Dos Estudantes (UNE); Coletivo Maes pela Divesidade – MT; e Levante Popular da Juventude- MT.
O movimento de luta pelos direitos humanos da população LGBTQI+ de Mato Grosso repudiou a atitude do deputado.
“No Brasil, a homofobia é crime, a homossexualidade não é crime e tão pouco doença. Existe todo um esforço coletivo para que possamos construir uma sociedade justa, fraterna e igualitária, atitudes, que pretendem reforçar o preconceito e a violência, devem ser repudiadas”, diz trecho da nota.
Além disso, a carta assinada pelas entidades contra a homofobia disse que a postagem serve de alimento para ampliar a violência contra pessoas LGBTQI+, somente por conta da orientação sexual e ou identidade de gênero.
“Cabe lembrar ao referido deputado que dia 17 de maio, comemoramos, o dia internacional de luta, onde a Organização Mundial de Saúde (OMS), retirou o a homossexualidade do rol de doenças, a despatologizaçao, assim como a heterossexualidade não é doença e tão pouco opção, a homossexualidade também não é”.
Para o grupo, o deputado, como agente público, precisa entender o papel fundamental das instituições, na defesa e no combate a todo tipo de violência, a defesa e a luta pelo fim da violência contra a população LGBTQI+, deve ser abraçada por toda sociedade, nossa luta, é pela valorização da vida. Importante reforçar que a população jovem LGBTQI+, tem três vezes mais propensão ao suicídio, por sofrerem no cotidiano, ataques e julgamentos negativos”.
Por fim, as entidades que repudiam a atitude do parlamentar exigem que ele se retrate pela declaração e que uma audiência pública para dialogar sobre as violências sofridas pela população LGBTQI+ em Mato Grosso.
“Importante que o mesmo, passe a ter atitudes de um verdadeiro parlamentar, combater as desigualdades, sociais, econômicas e de gênero, Inclusive, propondo leis, que fortaleçam os direitos da população LGBTQI+. A sociedade de Mato Grosso, esta atenta, atitudes machistas, LGBTfobicas , racistas , não passarão”.