Brasília (17/05/2021) – A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) alcançou a marca de 1 milhão de visitas técnicas proporcionando aumento de produtividade, geração de renda e melhoria da qualidade de vida para cerca de 200 mil famílias rurais beneficiadas gratuitamente no país.
Para o presidente do Sistema CNA/Senar, João Martins, esse marco representa o compromisso da instituição em levar tecnologias ao campo e dar condições para criar no país uma nova classe média rural.
“A visita técnica é a maneira que o Senar leva aos produtores rurais conhecimento tecnológico, contribuindo para que a nossa agricultura e pecuária se modernizem e se tornem cada vez mais competitivas”.
O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara destaca que a capilaridade da instituição contribui com a multiplicação do conhecimento baseado em planejamento e indicadores de produtividade e renda.
“Com a pandemia do coronavírus e seus impactos para o país e para o mundo, o Senar precisou se adequar para continuar levando assistência ao produtor rural e a seus familiares. Para que eles continuassem produzindo e comercializando seus produtos e, assim, garantir o abastecimento da população. Desenvolvemos uma série de estratégias para esse atendimento. Por esse motivo, para nós, do Senar, é uma realização muito grande e fruto do trabalho de várias pessoas atingir mais de 1 milhão de visitas técnicas”.
Acesse aqui a playlist da série de vídeos da ATeG na pandemia
A metodologia inédita de ATeG desenvolvida pelo Senar em 2013, com início dos atendimentos no ano seguinte, atende produtores rurais de 24 Estados e do Distrito Federal em 28 áreas, como bovinocultura de leite e de corte, ovinocaprinocultura, cafeicultura, avicultura, suinocultura, piscicultura e agroindústrias artesanais. E o acompanhamento técnico e gerencial alcançou mais de 7, 2 milhões de hectares.
Atendimento personalizado – Cada produtor participante recebe mensalmente a visita do técnico de campo em um período de dois anos em cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.
Conheça as cinco etapas da ATeG
A diretora de ATeG do Senar, Andréa Barbosa, ressalta o reconhecimento do produtor da importância da assistência técnica e gerencial. “Temos a certeza que estivemos mais próximo do produtor, auxiliando na superação de seus desafios e conquistas. Essa é uma das contribuições do Senar para o fortalecimento da agropecuária brasileira”.
Os resultados da ATeG são percebidos na melhoria da produtividade e da qualidade de vida das famílias rurais, como foi o caso produtora de ovinos de corte, Cristina Macêdo Oliveira, do município de Serrinha, na Bahia. Foi na propriedade dela que a marca de um milhão de visitas técnicas foi alcançada.
Ela e o marido, Joselito Mâcedo Junior, iniciaram a criação há três anos com quatro animais. Em 2019 passaram a receber a orientação do Senar e hoje o rebanho é de 40 ovelhas.
“Foi um divisor de águas porque a gente começou a entender de fato como é a criação de ovinos, como melhorar o manejo dos animais mesmo na época de seca e passamos a investir na genética para a reprodução. O maior prêmio é que, nesses dois anos, tivemos uma taxa de mortalidade de 0% graças ao cuidado e à assistência do Senar”, afirma Cristina.
Entre as mais de 200 mil propriedades atendidas pela ATeG nesses oito anos está a do produtor de Luiz César de Almeida, que cultiva cacau no município de Uruçuca, no Sul da Bahia. A partir do acompanhamento do Senar, em 2018, ele viu a produção quadruplicar.
“O Senar abriu novos horizontes para mim, por isso indico a todos os produtores que tiverem oportunidade. Eu aprendi como fazer a correção e nutrição do solo, o manejo correto da lavoura, o aprimoramento genético das plantas e a gestão de custos.”.
O produtor de leite Wilson Braz da Costa, de Anápolis (GO), comemora os resultados, mas nem sempre foi assim. Antes da ATeG ele pensou em desistir da atividade pela dificuldade em superar o alto custo e baixa produtividade.
“No início não acreditava que a minha realidade pudesse mudar, mas com soluções simples e baratas eu consegui equilibrar as receitas e despesas. As orientações me ajudaram, em pouco tempo, a aumentar a produção de 4 mil litros para mais de 8 mil litros de leite por mês. Depois de um ano, atingi 12 mil litros de leite mensais”.
A Granja Mattiello e Zanluchi no município de Seara (SC), propriedade atendida pela ATeG em bovinocultura de leite, é outro exemplo de que o gerenciamento da propriedade rural faz diferença.
A produtora Verediana Zanlucchi (de blusa verde na foto) revela que antes não exista controle sistematizado. “O técnico do Senar ensinou a fazer o fluxo de caixa e agora sabemos o lucro real da atividade ao final do mês, além do que precisa ser feito para reduzir os custos”.
Essas informações e as transferências de tecnologias chegam aos produtores graças ao trabalho de mais de 3 mil supervisores e técnicos de campo, como o engenheiro agrônomo Elton Carlos Teles, que atende fruticultores do município de Santa Maria da Boa Vista (PE).
“O sentimento é de alegria ao ver a produção dos agricultores aumentando com qualidade e custos controlados. Isso motiva cada vez mais levar as tecnologias para o homem do campo com responsabilidade e garantia de dias melhores”.
Os produtores rurais interessados em receber a ATeG do Senar podem entrar em contato com o Sindicato Rural de seu município ou com a Administração Regional do Senar de seu Estado.
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