O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou hoje (17) que começará a vacinar contra a covid-19 trabalhadores da educação e pessoas com comorbidades que tenham entre 30 e 49 anos. A capital deve receber cerca de 80 mil doses de vacina nesta semana.
A imunização dos trabalhadores da educação terá início por aqueles que atuam em creches. A Secretaria de Educação irá elaborar listas com a indicação dos profissionais e encaminhará à Secretaria de Saúde, que organizará os pontos de vacinação.
Não haverá necessidade de agendamento, já que os profissionais serão convidados de acordo com a listagem da Secretaria de Educação. Serão incluídos profissionais tanto da rede pública quanto da privada. A previsão do governo é que 10 mil pessoas nesse grupo sejam imunizadas.
O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou em entrevista coletiva que a escolha dos trabalhadores de creches foi feita mirando os pais das crianças. “A determinação foi que começasse pelas creches porque há muitos pais que precisam sair e não estão conseguindo”, disse Rocha.
O secretário acrescentou que não há previsão de um calendário para os trabalhadores da educação dos demais grupos sejam imunizados, como ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior. Esse cronograma será divulgado posteriormente.
Gustavo Rocha informou que uma eventual retomada das creches só ocorrerá após os trabalhadores da educação receberem as duas doses. O GDF receberá nesta semana doses da Coronavac, da AstraZeneca e da Pfizer.
Outro grupo que passará a ser imunizado será o de pessoas com comorbidades com idades entre 30 e 40 anos. O agendamento da vacinação começou hoje, conforme demonstração dos representantes do GDF.
Para que a pessoa faça o agendamento e receba a aplicação da dose, deverá apresentar documento de comprovação da condição de saúde por meio de um relatório médico. O público-alvo deste grupo foi estimado pelo GDF em cerca de 40 mil pessoas.
Novas ondas
Na entrevista coletiva, o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, afirmou que está em diálogo com estados que estão preocupados com uma 3ª ou até uma 4ª onda da pandemia do novo coronavírus.
Esse receio é motivado pelo aumento de casos em alguns estados, como Amazonas, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Outro fator é a circulação de novas cepas do vírus.
“Além da variante P1, a gente já observou que o Espírito Santo já detectou a variante inglesa e a 1.133 e 1.128. São variantes novas, gerando casos de internação e eles já falam hoje que poderão ter uma 4ª onda. Isso trouxe essa preocupação para todos nós. Tivemos dia das mães e nos períodos de festividades as pessoas não têm tido cuidado em relação ao isolamento social.”, disse.
Por isso, o secretário reforçou a importância de manter os cuidados de prevenção contra a covid-19 já divulgados amplamente: uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social. Ele lembrou que a internação de pessoas na faixa de 30 a 39 anos cresceu no DF nos últimos dias, o que evidencia os riscos inclusive para os jovens.
Edição: Aline Leal