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ATeG Olericultura: produtor amplia capacidade produtiva e prepara aplicativo

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A  Fazenda Santa Luiza, no município de Antônio Carlos, faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Olericultura, por meio da parceria entre o Sistema FAEMG/SENAR/INAES e o Sindicato Rural de Barbacena. O trabalho começou em janeiro de 2020, quando o produtor João Procópio começou o cultivo de pimentões coloridos em estufa. Com o trabalho de acompanhamento, foram colhidos 27.500 quilos de pimentões em um ano. A capacidade produtiva cresceu e o produtor também está desenvolvendo um aplicativo para controlar os resultados e fazer a rastreabilidade vegetal.

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As primeiras colheitas, em maio de 2020, contabilizaram 945 quilos. “Entre janeiro e maio de 2020, ele manifestou interesse em aprimorar a escala de produção, com mais duas estufas. Para tanto, buscou mais capacitação, principalmente na parte gerencial”, explicou o técnico Frederico Fernandes Vieira.

Ao todo, contando exclusivamente os períodos de lançamento de colheita no Sistema ATeG, de maio de 2020 a abril de 2021, foram aproximadamente 27.500 quilos de pimentões, que tiveram uma variação do maior valor pago ao produto, de R$ 5,95 o quilo, ao menor valor, R$ 1,66 o quilo. “Em abril de 2021, foram colhidos 3.916,5 quilos de pimentões em duas estufas”, relatou Frederico.

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A pecuária leiteira já foi uma atividade da fazenda, mas, hoje, não tem mais. O que há são algumas cabeças de gado para corte para aproveitar os pastos. Isso porque, em 2019, João começou a cultura de abacate, além de plantar alguns grãos, como feijão. Hoje, são cerca de 700 pés de abacate. “Como é uma cultura com retorno a longo prazo, comecei a plantação de pimentão colorido em estufa para equilibrar as contas enquanto os abacateiros se desenvolvem. Foi aí que surgiu a oportunidade de integrar o ATeG. Isso foi excelente porque, como se tratava de uma novidade, não sabia como acompanhar e quais eram os parâmetros a serem monitorados”.

Percebendo que os pimentões eram uma cultura promissora, ele aumentou a capacidade de produção. Hoje são três estufas em funcionamento e duas em construção, com a previsão de construir mais uma neste ano. “Duas estufas estão em produção e, na terceira, os canteiros estão sendo preparados para o segundo ciclo produtivo”, contou.

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O técnico explicou que as estufas estão em diferentes fases de manejo. “Isso possibilita o respeito à rotação de cultura, o controle fitossanitário e o aprimoramento técnico e operacional. Os plantios em períodos diferentes proporcionam a continuidade da produção durante todo o ano, mitigando possíveis impactos de variação do preço pago no ano”.

“O Programa ATeG é fundamental para a evolução do negócio. Como estava começando o plantio do pimentão sem conhecimento, as orientações técnicas foram muito importantes, especialmente o levantamento dos resultados financeiros. Foi acompanhando os resultados, mês a mês, que decidi ampliar o negócio. O programa também conscientizou os trabalhadores sobre a importância do acompanhamento dos custos da plantação. Hoje, todos anotam a quantidade de insumo usado, as horas trabalhadas em cada estufa e tudo o que envolve a atividade de plantio”.

Aplicativo

O produtor está desenvolvendo um aplicativo para acompanhar os resultados e controlar toda a produção, incluindo mão de obra, insumos e vendas. Hoje, a comercialização ocorre por venda direta a atacadistas e por meio de compradores que recolhem a produção na fazenda e revendem no Ceasa de Belo Horizonte.

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“Foi aplicando o que aprendi com os dados levantados pelo técnico que consegui desenvolver o aplicativo. Hoje, consigo acompanhar diariamente os resultados da produção de cada estufa. Para crescer, é preciso controle. Com eu mesmo desenvolvendo o aplicativo, ficará da forma ideal para gerir o meu negócio”, afirmou João.

Com a ajuda de Frederico, o produtor está preparando o aplicativo para implantar a rastreabilidade vegetal, que permite o monitoramento e o controle de resíduos de defensivos agrícolas, com a intenção de garantir credibilidade, segurança e qualidade.

“O ATeG complementa o trabalho desenvolvido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES junto aos produtores e trabalhadores rurais, gerando benefícios, inclusive, para o Sindicato porque, se temos um produtor que se vê como empresário rural, ele enxerga a importância da entidade. Ao trabalhar a rastreabilidade, a tendência é que seus produtos sejam ainda mais valorizados, já que o consumidor poderá acessar informações sobre o processo de produção e terá respaldo quanto à segurança alimentar”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Barbacena, Renato Laguardia.

Fonte: CNA Brasil

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