O prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (SD), apesar de se movimentar nas redes sociais e na cena política como um pré-candidato, teria batido o martelo de vez, nesta semana, que não tem nenhum interesse em voltar para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT.
O gestor prefere, nestes termos, seguir seu trabalho à frente do Executivo Municipal, onde está desde janeiro de 2017 e que para o qual se reelegeu com quase 40% dos votos, em 2020, para até dezembro de 2024.
A decisão, contudo, não deixa de ser polêmica. Existe uma pressão muito grande, sobretudo de aliados do vice-prefeito, Aylon Arruda (PSD), para que Pátio deixe o cargo e o jovem assuma o comando do Executivo Municipal, o que para alguns teria sido sinalizado na hora do fechamento da aliança.
O experiente Pátio, contudo, teria já contornado a situação, oferecendo espaço político para o imediato, bem como sinalizado um provável apoio para seu projeto como titular de uma chapa de prefeito em 2024. Tal projeto viria ainda com a carga total do atual deputado estadual, Ondanir Bortilini, o Nininho (PSD), que foi uma das lideranças estaduais que mais fez prefeito no ano passado.
Pátio, porém, não pretende ficar totalmente neutro sobre os cargos em disputa no estado no pleito de 2022. Embora deva assim se portar para os cargos de governador e Senado Federal, cadeiras estas que sonhava pra si, para uma das oito vagas que estarão em disputa para a Câmara Federal o prefeito prepara Paulo José (SD) para as urnas.
Paulo, que tem no currículo anos de serviços prestados como secretário de habitação de Rondonópolis, tanto no primeiro como no segundo mandato de Pátio, hoje é chefe do escritório de representação do prefeito em Brasília.
Uma vitória do aliado viria, inclusive, para lavar a alma de Pátio, que recentemente perdeu a direção do seu partido no estado para o atual deputado federal e pré-candidato a reeleição, Leonardo Albuquerque (SD), que já começa a abrir os olhos para o potencial de crescimento de Paulo.
Caso Pátio consiga transferir votos, o médico de Cáceres, de fato, tem que coçar a cabeça, já que o Solidariedade não reúne condições de levar mais do que um dos seus candidatos à vitória.