O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que poderá vetar a utilização da Sputnik V na Capital caso o imunizante chegue ao município sem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A fala do prefeito foi proferida após o governador Mauro Mendes (DEM) assinar o contrato de compra de 1,2 milhão de doses da vacina russa Sputnik – que ainda não tem liberação de uso emergencial da Anvisa.
Questionado sobre a compra da vacina no Jornal da CBN Cuiabá, Emanuel afirmou que não tem detalhes sobre a operação. Contudo, disse que o governo agiu de forma precipitada e frisou que a “vacina não entra em Cuiabá” sem aval da Anvisa.
“Não sei o que levou o governo a anunciar, precipitadamente, uma decisão que não tinha sido nem tomada ainda. Mas, eu prefiro, por não conhecer detalhes dessa negociação, eu prefiro não julgar. Eu só posso dizer que o povo cuiabano só vai ser vacinado se a Anvisa aprovar. Se a Anvisa não aprovar, essa vacina não entra aqui”, afirmou o prefeito.
Durante a entrevista, o gestor disse ter tido acesso a informações de que uma suposta negociação com entidades de vigilância internacionais poderia autorizar o imunizante no Brasil mesmo sem a liberação da Anvisa.
“Eu li ontem que parece que está tendo uma busca jurídica para que, se for aprovado por outro órgão sanitário internacional, pode ser aplicado aqui independente da Anvisa”, disse, reiterando posteriormente a necessidade da validação da Agência Nacional.
“O órgão que garante a segurança da vacina é a Anvisa, o Ministério da Saúde. Se não tiver o aval deles, Cuiabá não vai vacinar com a Sputnik de forma alguma. O povo cuiabano não é cobaia”, afirmou o prefeito.
