
Rondonópolis registra um quadro preocupante na pandemia e bem maior que a média estadual, segundo o painel epidemiológico diariamente divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.
No município, a ligação direta entre a comorbidade e o agravamento da COVID-19 não é uma equação tão certa como no restante do estado e até do Brasil. Números oficiais demonstram que três a cada 10 que morrem não apresentavam essa condição.
A cidade, que possui uma taxa de proliferação do vírus maior que a de Mato Grosso, tem ainda outro número bastante preocupante: morrem mais pessoas com menos de 40 anos nos hospitais locais do que no estado como um todo.
Comparativo
Das mais de 460 mortes que ocorreram na cidade desde o início da pandemia, segundo números oficiais do Governo do Estado, 34,08% eram pessoas que não tinham diagnóstico de doença grave alguma.
Esse número, quando analisado em relação as mais de 5 mil mortes de todo Mato Grosso, cai pra 27,61%, já que 72,39% das pessoas apresentavam problemas de saúde crônicos que agravaram a COVID em seu organismo.
Últimos 30 dias
Em um intervalo mais recente, de 29 de dezembro de 2020 até esta sexta-feira (29), ou seja, dentro de um mês, foram 584 óbitos em todo Mato Grosso.
Destes, 25,86% eram pessoas sem comorbidade e os outros 74,14% tinham algum tipo de doença crônica.
Analisando o mesmo período, em Rondonópolis, a taxa de pessoas sem comorbidade sobe pra 31,71%, entre os 41 mortos contabilizados na cidade.
Quanto a idade…
Em relação a idade, a mesma tendência é observada. As pessoas com menos de 40 anos entre os mortos de todo Mato Grosso representaram 5,31% do número total.
Essa mesma análise feita em Rondonópolis, aponta que as vítimas fatais com menos de 40 são 9,76%.
Quando o objeto observado é a faixa etária dos 40 aos 50, Rondonópolis fica com 14,63% do registro total de mortes neste intervalo, enquanto que em todo o estado foram pouco mais de 9% do total.
Letalidade
Nesta sexta (29), o estado alcançou um total de 215.555 casos confirmados da Covid-19, com 5.095 óbitos registrados, uma letalidade próxima de 2,4%, algo bem próximo do índice nacional.
