
A decisão do governador, Mauro Mendes (DEM), de abandonar de vez o projeto do VLT Várzea Grande/Cuiabá e implantar no lugar o modal BRT está causando polêmica.
Quem saiu em defesa da decisão foi a deputada estadual, Janaína Riva (MDB), enquanto os deputados federais, Emanuelzinho (PTB) e José Medeiros (PODE) criticaram.
Emanuelzinho
O filho do prefeito Emanuel Pinheiro foi mais contido nas palavras, mas apontou o erro do ponto não ter sido diretamente consultado na questão.
“Não vejo como uma decisão sábia, até porque você tem que integrar o BRT, ou VLT que seja, com toda mobilidade urbana da cidade”, analisou.
Tem que ouvir o povo
Emanuelzinho até reconhece que Mendes procurou a solução, mas vê falta de diálogo com a classe política e sobretudo com o povo, antes da tomada de decisão.
“Não foi discutido com a sociedade, com a Assembleia, com a Câmara Federal, até porque tem recursos federais nisso. Não se ouvia a população”, finalizou.
Medeiros revoltado
Já Medeiros, que vem intensificando uma rivalidade política com o grupo que atualmente detém o poder em Mato Grosso, não poupou críticas pesadas à situação.
O deputado se enfureceu com a notícia de que para implantar o BRT o Governo do Estado gastaria cerca de R$ 500 milhões.
“Já foi gasto mais de R$ 1 bilhão com esse VLT, já tem mais R$ 200 milhões na conta para finalizar. Esse dinheiro que vão investir agora, daria para terminar. Isso está cheirando mal, muito mal”, acusou o parlamentar.
PGR e TCU no caso
Medeiros, aliás, acionou o Procuradoria-Geral da República e o Tribunal de Contas da União e pediu que os órgãos investiguem a decisão de Mendes.
“Não se pode aceitar que o dinheiro do povo seja desperdiçado dessa maneira e que Cuiabá continue a sofrer com um canteiro de obras inacabado no meio da cidade”, acrescentou.
Janaína acalmando os ânimos
Já Janaína preferiu a defesa da questão “prática” e considerou que o BRT tem mais viabilidade para ser entregue e reforçou a informação do governo que a tarifa será menor ao cidadão.
“O BRT é o melhor modal para nossa realidade, inclusive porque pode ser expandido e atender mais pessoas”, detalhou, após estudar o projeto.
Em busca do consenso
A deputada afirmou que teme uma judicialização do caso por parte da detentora do consórcio do VLT, mas disse esperar uma parceria generalizada para dar fim ao impasse.
“Acho que a população já sofreu demais e espera uma união e uma tomada de decisão rápida de todos os poderes públicos”, concluiu.
