
Embora ainda longe de representar o cenário mais preocupante da pandemia, a morte de jovens sem comorbidades tem preocupado autoridades de Mato Grosso.
A Secretaria de Estado de Saúde – SES registrou até a tarde do último sábado (12), 4.251 óbitos que tiveram como causa a COVID-19.
Deste total, segundo o último painel epidemiológico divulgado pelo Governo do Estado, 16,72% eram pessoas com menos de 50 anos.
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O número geral de pessoas que faleceram e que não eram pacientes de nenhuma doença crônica, contudo, está acima de 28%, ou seja, de cada quatro mortos um não tinha a saúde debilitada previamente por outra patologia.
Foi o caso, por exemplo, de uma vítima fatal da doença de 23 anos, em Lucas do Rio Verde, e outra de 38 anos, de Colíder, registradas pela SES de sexta (11) para sábado (12).
Mortes por gênero e idade
Os homens ainda são maioria entre os óbitos no estado, representando 59,3%, enquanto as mulheres somaram 40,7% do total do número de mortos.
Quando a análise se afunila para mortes de jovens de 21 a 30 anos, contudo, a incidência maior é de óbitos femininos.
Das 62 pessoas que faleceram neste grupo específico no estado, 51,6% eram mulheres e 48,4% homens.
Mais preocupante
A faixa etária mais letal da doença no estado figura dos 61 a 70 anos, onde 1.045 mortes foram contabilizadas, o que representa 24,58% do total.
Neste intervalo, mais de 60% dos registros apontam para vítimas fatais do sexo masculino.
Total de infectados em MT
Os casos confirmados de Covid-19 em Mato Grosso já são 166.734, estando 158.315 mato-grossenses entendidos como plenamente recuperados.
No cenário nacional, o Brasil fechará 2020 ultrapassando a marca de 7 milhões de infectados. Até este domingo (13), mais de 181 mil óbitos foram confirmados pelo vírus no país.
Alerta
Em vídeo divulgado recentemente nas redes sociais, a médica infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, alertou os jovens sobre o quanto a COVID-19 é traiçoeira.
“Quero falar com você, você que é jovem, sarado, saudável e que cansou de ficar em casa trabalhando em home office desde março (…) Você sabia que os hospitais estão lotados com muitas pessoas jovens, saradas, bonitas, que se achavam saudáveis e que não adoeceriam de jeito nenhum?”, desabafou.
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